quarta-feira, 6 de julho de 2011

O Principio da Moralidade

Quanto às questões éticas e morais na administração pública não podemos dizer que temos uma crise.

Pelo conceito de crise depreende-se tratar de uma situação temporária, ou seja, de algo que logo vai passar. Quanto à corrupção em nosso país não podemos afirmar se tratar de crise pois já dura o tempo suficiente para dizer que o mal se instalou de forma generalizada em todas as esferas de governo e poderes da República, o suficiente para se criar a cultura do conformismo onde todos procuram uma fatia do bolo para partir. "Cada um cuida-se de si e Deus cuida de todos" . O importante, dizem alguns frustrados e impotentes: "Rouba mais faz". Quando esse mal passará?

Desde o início do governo do PT (há 09 anos ) vivenciamos notícias diárias de escândalos, desvios e lavagem de dinheiro público através de grandes empresas ou de empresas de consultoria de Agentes Públicos, cujos serviços inexplicavelmente possuem valores nunca visto em nenhum lugar, casualmente em período de eleições e, se dissermos que não é mera causalidade a data do enriquecimento com o período eleitoral, estamos cometendo o crime de calúnia, porque o agente corrupto é uma pessoa dígna, e ao final pede para deixar o cargo magoado com a mídia que noticiou uma mentira ou quando é demitido, sai magoado com o governo.
Passamos a viver também enriquecimetos instantâneos de pessoas que ocuparam ou ocupam funções públicas no alto escalão ou de parente próximos a esses agentes públicos.

Quanto à corrupção nas obras públicas não podemos nem acusar o PT porque o DNIT tem essa prática desde que ele existe, não é novidade para ninguém. As grandes empreiteiras possuem inclusive lobistas no Congresso para legislar em benefício delas, basta olhar a proposta de alteração da lei 8666/93 acerca da contratação de obras públicas pelo Pregão Eletrônico que permite somente o Pregão para obras acima de três milhões e quinhentos mil reais. Podemos resumir que o problema da corrupção no serviço público na área de obras é um mal crônico que tem enriquecido anos após ano aqueles agentes públicos responsáveis pela contratação, detentores do cargo de governos e empreiteiras.
Hoje vivemos em palcos inusitados de enriquecimento ilícito governamental e empresários, equanto categorias mais importantes para a sociedade, a exemplo dos bombeiros são considerados vândalos e são presos por reagirem para deixarem de receber salários aviltantes. Dá compreender através desse quadro porque os homens eram capazes de colocarem em condições de escravos outros semelhantes.
Hoje não é diferente, a escravidão mudou apenas o discurso e a forma, mas se pudessem, tenho certeza que agentes públicos de alto escalão aplicariam os mesmos princípios e métodos da escravidão do passado.
Apesar de tudo, ainda acredito na sociedade brasileira, razão pela qual me mantenho de forma veemente na minha didática em cursos corporativos para servidores públicos mostrando a necessidade de valorizarmos o interesse público, o zelo pela coisa pública, a ética, a moralidade e a legalidade.
Aguardo o acordar da sociedade para mudar o quadro da impunidade em nosso país para vermos corruptos atingidos pela justiça, pela lei e pelo direito.
Afinal, precisamos da lei e da ordem na República Federativa do Brasil.

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